Bloggaridades - SocioElegias

para quase toda a vulgar sociedade elegíaca

27.10.03

Controla do Alto e de Litro!
(versão 175a – série “trabalho”)
Têm sempre solução para tudo.
E quando a não arranjam lá clamam pelo mágico dedilhar combinado e simultâneo: “Controla do Alto e de Litro!”.
E quase todos com quem privo estão constantemente a actualizar-se: E goela abaixo e de muito alto que para o caso é preciso saber controlar...
E tec para o lado e o rato sempre em movimento? Claro que isto cria dependência e é vê-los acabrunhados a injectarem-se sistematicamente com antivírus que de tão possessos nem reparam que o pc não é partido nem tem governo. Por certo estarão já fartos e vai daí, Controla do Alto e de Litro!
E volta tudo ao mesmo. Deve ser por isso que estão sempre a falar de discos rígidos, os fortalhaços... às voltas para ver se vão em frente.

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21.10.03

Fumar mata!
(versão 162c – série “pensamentOcioso”)
Sobrevivi tempo bastante para vos relatar a seguinte historieta que começa pelo fim: “Estou a matar-me!”.
Uma enormidade de letras garrafais tingidas de vermelho agrediram um sem número de passeantes; estas verdadeiras assassinas faziam-se transportar em maços disfarçados sob um véu diáfano e ao passar pelas vítimas transformava-as em portadoras das mais terríveis maleitas. Mas de todas as atrocidades a uma não fui capaz de resistir: 4 exangues maços transportando um séquito de 80 terroristas ocuparam-me por inteiro a boca. Incapaz de fruir de tamanho prazer nicotilento sufoquei-me com as últimas palavras que me foram dirigidas:
“Morre então!”
(dedicado aos comentadores Fumadora e Não fumador | 13 e 17-10-2003)

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18.10.03

Fumar mata!
(versão 151a – série “iliterato”)
E sempre que via alguém a fumar matava-o.

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15.10.03

Códigos
(versão 142a – série “iliterato”)
E arrumam-se frases inteiras em conjuntos alfa e às vezes numéricos que pomposamente chamam de códigos. E todos os códigos não são mais do que representações impessoais que os arquivistas ou quem trabalha em centros de documentação faz decifrar, como por magia, a frase que sabemos existir. Eu que não percebo nada de centros nem tão pouco de documentos. O que sei é que esses encriptadores dobram os documentos ao meio e depois ao meio novamente para assim acharem o centro do documento. E depois de terem todos os documentos ao centro criam um centro para os documentos centrados. E porque estão todos centrados têm que os codificar pois há uns mais ao centro do que outros...
O que é certo é que agora está tudo muito bem arrumadinho e até nem se desarruma muito porque ninguém consegue encontrar aquilo que procura. Mas isso também não é importante. O importante mesmo é procurar a frase para saber que código lhe corresponde e assim a partir deste saber efectivamente o que se procura.
Uma vez até encontraram, lá onde trabalho, um funcionário que tinha sido dado como reformado e afinal estava era arquivado.

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9.10.03

Hálitos
(versão 128b - série “vícios”)
De manhã, depois de acordar, sonho ainda com o príncipe encantado que os meus olhos gostariam de ver beijar. E é tão divertido que me sinto abandonada por não ser beijada por nenhum.
De tarde, antes do jantar, e de olhos bem abertos tento contar... os sapos que vislumbro da janela. Conto-os... Não é nada divertido. E conto só até dez para não desesperar.
De noite, antes de adormecer, beijo os anõezinhos para saber quem de entre os sete lavou os dentes.
De manhã, se acordar, tento lembrar-me de todos com quem ainda não sonhei... e por isso continuo a preferir o príncipe que o hálito do sapo é horrível!
(O Anjo Élico recomenda: veja também a versão da série “vícios”)

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5.10.03

Saberá porventurÓink o que acontece se clicar aqui?

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3.10.03

Condução
(versão 114a – série “iliterato”)
E pisca para a esquerda... não, espera lá! Acho que é em frente [trava]. Ó parvalhão vê lá se não tás atento? Quem dá por trás paga... ó estúpido... ele há cada um! Bem, deixa lá pôr quatro-piscas que vou ligar para a Likas... “[...] então tá bem saio na próxima saída e logo após a portagem à direita?”
Mas como é que ela sabia que é na próxima saída que tenho que sair? Vou mas é mandar parar alguém para perguntar. Merda qu’estes gajos vão a uma velocidade! E ninguém pára, importantes dum raio... vou colocar-me mais a meio da estrada... ena, foda-se! Táva a ver que se o gajo não se despistasse que vinha para cima de mim... Ele é cada um na estrada! Francamente!

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